Ordem e Progresso? Pura Balela!


É só um amontoado de tijolos sem sentido misturado a uma massa verde, cuja sujeira percorre a veia como um organismo podre e que pede socorro gritando: - salve-me, sou parte de você. E como se não fosse pouco, sou tragado literalmente junto com o resto do mundo, num sentimento egoísta e pequeno que caracteriza apenas o pouco que somos nessa imensidão sem sentido, um ponto nada luminoso.
E nesse lugar cuja apenas a bandeira brilha com algumas estrelas, o brilho, ou a falta dele, se encontra apenas em algumas estrelas, que agora, já ofuscam sufocadas pela dor das atitudes cada vez menos humanas, daí pergunta-se, onde está o homem? Cada vez mais nossos movimentos tornam-se mais mecânicos movidos pelos avanços tecnológicos que nos transformam agora em robôs inconscientes.
Esse inconsciente brota na vida de cada ser humano a partir do contato com o novo, que corrompe e impressiona, suas as mãos parecem nem mais responder aos comandos do corpo, que agora mecânicos, executam diferentes funções, tremem naturalmente e seguem a linha do vicio que consome todo seu corpo. A partir daí, o estado humano morre, nasce uma nova vida, o sentimento material invade a alma, não há mais valor em nada, vale-se o que se tem, morrem as tradições, a humildade, o velho, a sabedoria, e agora, só há sentido no novo, mas o novo nada sabe, tudo desconhece, assim, digo: - "se não há nem ordem, quem dirá progresso..."

Jossé Leanndro

3 Comments:

NEY FARIAS said...

"...nasce uma nova vida, o sentimento material invade a alma, não há mais valor em nada, vale-se o que tem-se, morrem as tradições, a humildade, o velho, a sabedoria, e agora, só há sentido no novo, mas o novo nada sabe, tudo desconhece, assim, digo: - "se não há nem ordem, quem dirá progresso..."
De todos os nossos colegas escribas, no atual 2º período de Letras, você, meu caro Leandro, é um dos que mais levam a sério a lição de Drummond sobre nossa inútil batalha contra a "estranha potência" da palavra (como bem disse Cecília Meireles). No entanto, assim como o nosso querido Gladson, você continua insistindo na luta, quando "mal rompe a manhã" ou quando encontra tempo para ela.
Espero que continue assim. Não desistindo de escrever, seu texto - que já é muito bom - ficará ainda melhor. Vai por mim, garoto.
Um abraço.

Greyce Kelly Cruz said...

vejo q te revoltas...contra coisas q parecem naum ter solução e q na verdade naum matam por completo nossa espernça de mudança...nem nossa disposição de fazer com que aconteça tal...

Ransés Strático said...

Muito belo, o texto, continue a escrever, você é muito inteligente.
"Olha eu comentando de penetra no blog alheio" ¬¬..

Parabéns pelo texto, gostei muito.