É natural que a cada dia que passa, o ser humano venha a pensar diferente, seja com idéias ou tendências novas. Desde os primórdios da civilização o homem já se mostrava diferente em pensamento entre si, tanto que a história da civilização relata várias cisões entre povos ou sociedades irmãs, um bom exemplo foi a divisão da igreja católica que se deu através de disputas doutrinárias, concílios disputados, evolução de ritos separados e pelo questionamento da posição do Papa de Roma.
Atualmente, vê-se no mundo certas “tribos” que usam de certas tendências (modo de se vestir, de se comunicar, estilo musical, revolta política, sentimentalismo, opção sexual) para se identificar no mundo, como se fosse um modo de reafirmação do eu interior, como se o simples eu não bastasse. Assim, de forma natural o homem continua afastando-se de si próprio, desculpe a redundância, não encontrei outro modo de mim expressar-me.
Não critico a formação das “tribos” pois acredito plenamente que ela tem origem no eu do ser humano, como se cada ser humano tivesse vontades e desejos próprios, o que é pura verdade e realidade, visto que a cada dia nascem mais e mais grupos com tendências e pensamentos diferentes. O que não pode acontecer é o fato de um pensamento ir de confronto com o outro, é o caso das brigas e conflitos geradas entre as torcidas de times rivais, emos e metaleiros, góticos e punks, negros e skinheads e vice-versa.
Afirmar uma filosofia de vida, um modo de pensar, agir e viver só é saudável quando não atingi outras formas de agir e viver, e é justamente nesse ponto, que o preconceito com as tribos cresce, pois geralmente, estão associadas a perturbação no âmbito social de outros “grupos”.
Os GLS, ultimamente tem sido um dos maiores exemplos de “tribos” organizados do Brasil, tendo como base que o movimento cresce e a aceitação é forte. Porém, vale lembrar que para reafirmar a sexualidade não se precisa manchar a moral e os bons costumes, visto que alguns praticantes do movimento acabam sempre manchando a moral construída pelos mesmos. A parada gay é uma reafirmação do orgulho gay, mas será que precisa haver toda aquela putaria? Gente nua se agarrando no meio da rua. Exemplos como esse, estão sendo postos aqui não como recriminação, mas como forma de reflexão para o homem em si, o ser humano que existi em cada um.
É preciso saber conviver com as diferenças lembrando que somos seres humanos, diferentes em gostos, tendências e opções, mas iguais em sangue e espírito... Pense nisso.
Jossé Leanndro