A, Caso


Se por um acaso
Esse acaso que um dia nos uniu
Insistir em acontecer e
Ocasionar um novo acaso
Digo que só caso
Se nosso caso ocasionar um caso sério
E caso aconteça novamente
Digo que assumo nosso caso
Se ocasionar um novo acaso
E, Diferente

Jossé Leanndro

Ordem e Progresso? Pura Balela!


É só um amontoado de tijolos sem sentido misturado a uma massa verde, cuja sujeira percorre a veia como um organismo podre e que pede socorro gritando: - salve-me, sou parte de você. E como se não fosse pouco, sou tragado literalmente junto com o resto do mundo, num sentimento egoísta e pequeno que caracteriza apenas o pouco que somos nessa imensidão sem sentido, um ponto nada luminoso.
E nesse lugar cuja apenas a bandeira brilha com algumas estrelas, o brilho, ou a falta dele, se encontra apenas em algumas estrelas, que agora, já ofuscam sufocadas pela dor das atitudes cada vez menos humanas, daí pergunta-se, onde está o homem? Cada vez mais nossos movimentos tornam-se mais mecânicos movidos pelos avanços tecnológicos que nos transformam agora em robôs inconscientes.
Esse inconsciente brota na vida de cada ser humano a partir do contato com o novo, que corrompe e impressiona, suas as mãos parecem nem mais responder aos comandos do corpo, que agora mecânicos, executam diferentes funções, tremem naturalmente e seguem a linha do vicio que consome todo seu corpo. A partir daí, o estado humano morre, nasce uma nova vida, o sentimento material invade a alma, não há mais valor em nada, vale-se o que se tem, morrem as tradições, a humildade, o velho, a sabedoria, e agora, só há sentido no novo, mas o novo nada sabe, tudo desconhece, assim, digo: - "se não há nem ordem, quem dirá progresso..."

Jossé Leanndro

Vida Bandida


Ele sempre foi um garoto estudioso, e chegou a ser considerado um nerd, não que parecesse um, mas que sua inteligência e dedicação fizessem dele um. Sua vida continuava normal, continuava indo a escola, estudava quando chegava em casa, conversava com seus pais, usava o computador, jogava vídeo game, enfim, sua rotina parecia consumir todo seu tempo, porém toda aquela repetição já enchia a sua cabeça, queria mudar um pouco, sair, descobrir um pouco dos prazeres da vida. Assim, como se um furação passasse por ele, percebeu-se rapidamente que uma mudança havia ocorrido, seus trajes, mesmo sendo os de sempre, pareciam ter ganhado um novo ar, eles haviam ganhado a auto-estima que sempre lhes faltavam, seu andar, seu estilo e modo de agir haviam sido totalmente modificados, como se despertasse um homem dentro daquele garoto estudioso.
Toda essa mudança, contribuiu pra que esse garoto conhecesse um pouco de si que estava adormecido a tempo, assim, seus amigos, que também eram os mesmos começaram a sair junto com ele, às festas eram muitas, luzes, suor, álcool, prazer, todo aquele êxtase levava aquele ingênuo garoto ao exagero, como se ele mergulhasse num mundo novo cheio de liberdade, porém cheio de conseqüências. A fumaça tomava conta do ambiente, entorpecia a mente das pessoas, misturava-se ao álcool que já tomava as veias de todos aqueles corpos agitados que se entrelaçavam em meio um ar libertino que tornava o novo em algo comum. O desejo movia as pessoas, que molhadas não só pelo calor da agitação, misturavam-se umas com as outras entres línguas e amassos que terminavam nas paredes torturadas pela violência e pelo lado animalesco do homem que empurrava com força, toda a vontade contida no desejo proibido de mudar as regras. Depois, mãos e pés voavam uns sobre os outros mostrando a ambigüidade contida em toda escolha, o mundo e suas atrações reservavam muitas novidades para o novato, que preferiu se entrelaçar no calor feminino a acompanhar o voar das cadeiras e das pessoas que se atingiam umas as outras do lado de fora que, desavisados, porém dopados, continuavam a curtir em meio a toda uma baderna que alimentava a alma das pessoas no local.
Toda aquela diversão e prazer, explicitava o quanto é temporária a felicidade terrena, todas as vontades, inclusive a dele, eram apenas passageiras, eram apenas coisas normais que acontecem na vida de todas as pessoas. Então percebeu que tudo aquilo poderia fazer parte da sua vida de modo que, moderadamente podia-se encaixar e conciliar as duas vidas, ambas boas, ambas ruins, ambas com conseqüências extremas que nos levam a escolhas importantes para vida. Deste modo, refletiu e afirmou: "Vida bandida que consume a alma pouco a pouco, vida bandida que nos força a viver, vida bandida, que corre em meu sangue, vida bandida, que joga comigo, vida bandida, eu e você, vida bandida, eu te amo".


Jossé Leanndro

Rápido demais


Os dias eram corridos e muitos conhecimentos invadiram sua mente, parecia tudo bom e, em parte foi, porém tudo aquilo havia sobrecarregado o seu eu, como se houvesse preenchido todo um vazio que ali existia, porém à rapidez dos acontecimentos fizeram com que sua mente explodisse em ansiedade e o seu corpo caísse em frustração.
Ele não sabia o que fazer, estava sem rumo, sem luz. Queria abraçar o mundo, mas não conseguia abraçar nem a si próprio, os caminhos eram tantos que o confundiram no percurso, como se fosse um imenso labirinto ou um caminho cheio de bifurcações que tornavam suas escolhas cada vez mais difíceis e complicadas. Embora soubesse que algo devia ser feito, hesitou em escolher e decidiu procurar em seus amigos uma opinião que o encaminhasse de modo correto, concreto, seguro, mas eles não o entendiam, nem ele entendia a si próprio, nem entendia o porquê daquelas escolhas. Atordoado com tudo aquilo, decidiu descobrir qual era o motivo que fizera tudo acontecer e dessa forma acabou chocando-se novamente com os seus pais e conseqüentemente as brigas em casa. Assim, como se uma lâmpada brilhasse acima de sua cabeça, teve uma idéia, e percebeu que a origem do problema estava em si mesmo, pois percebeu que em sua criação os prazeres mundanos foram superiores aos prazeres da vida. Deste modo, aliviou-se, porém perguntava-se o porquê do andamento de sua vida ter sido daquela maneira, por que ele havia demorado a conhecer as coisas, o mundo, por que...
Ele seguia na sua rotina, olhando a velocidade do futuro e as conseqüências do passado, homens desumanos e uma vida apressada. Luzes ofuscavam seus olhos atrapalhando o pouco do sono que restava, o cansaço consumia-o aos poucos. O céu, cinza e azul, implorava socorro, e parecia mostrar que eles também estavam juntos nessa caminhada, os rios e mangues mais pareciam indústrias tomadas pela imensa margem de plástico que resplandecia o medo, a raiva e o socorro que gritava através do cheiro fétido e da fumaça que tomava o céu quase por inteiro, deste modo, percebeu que como a natureza, ele também estava morrendo e toda aquela velocidade do mundo não só o iluminava, mas o confundia. E como as nuvens nebulosas e as raízes entrelaçadas, seus caminhos enigmáticos pareciam não ter fim.
Seus gritos não eram mais ouvidos, ninguém mais reparava naquele homem, já era impossível distinguir onde começava ou terminava aquele homem, sua vida, mais parecia ser o início de sua morte, como se fosse um presságio de todo caminho tortuoso que acabaria numa vida eterna, a morte.


Jossé Leanndro

O último folheto


Todos os domingos à tarde, depois do culto da manhã na igreja, o pastor e seu filho de 11 anos saíam pela cidade e entregavam folhetos evangelísticos. Numa tarde de domingo, quando chegou à hora do pastor e seu filho saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também chovia muito. O menino se agasalhou e disse: -'Ok, papai, estou pronto. ' E seu pai perguntou: -'Pronto para quê?' -'Pai, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos. ' Seu pai respondeu: -'Filho, está muito frio lá fora e também está chovendo muito. ' O menino olhou para o pai surpreso e perguntou: -'Mas, pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?' Seu pai respondeu: -'Filho, eu não vou sair nesse frio. ' Triste, o menino perguntou: -'Pai, eu posso ir? Por favor!' Seu pai hesitou por um momento e depois disse: -'Filho, você pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidado, filho. ' -'Obrigado, pai!' Então ele saiu no meio daquela chuva. Este menino de onze anos caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta entregando folhetos evangelísticos a todos que via. Depois de caminhar por duas horas na chuva, ele estava todo molhado, mas faltava o último folheto. Ele parou na esquina e procurou por alguém para entregar o folheto, mas as ruas estavam totalmente desertas. Então ele se virou em direção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até a porta e tocou a campainha. Ele tocou a campainha, mas ninguém respondeu. Ele tocou de novo, mais uma vez, mas ninguém abriu a porta. Ele esperou, mas não houve resposta. Finalmente, este soldadinho de onze anos se virou para ir embora, mas algo o deteve. Mais uma vez, ele se virou para a porta, tocou a campainha e bateu na porta bem forte. Ele esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda. Ele tocou de novo e desta vez a porta se abriu bem devagar. De pé na porta estava uma senhora idosa com um olhar muito triste. Ela perguntou gentilmente: -'O que eu posso fazer por você, meu filho?' Com olhos radiantes e um sorriso que iluminou o mundo dela, este pequeno menino disse: -'Senhora, me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS A AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto que lhe dirá tudo sobre JESUS e seu grande AMOR. ' Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora. Ela o chamou e disse: -'Obrigada, meu filho!!! E que Deus te abençoe!!!' Bem, na manhã do seguinte domingo na igreja, o Papai Pastor estava no púlpito. Quando o culto começou ele perguntou: - 'Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?' Lentamente, na última fila da igreja, uma senhora idosa se pôs de pé. Conforme ela começou a falar, um olhar glorioso transparecia em seu rosto. - 'Ninguém me conhece nesta igreja. Eu nunca estive aqui. Vocês sabem antes do domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu a algum tempo deixando-me totalmente sozinha neste mundo. No domingo passado, sendo um dia particularmente frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver. Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão da minha casa. Eu amarrei a corda numa madeira no telhado, subi na cadeira e coloquei a outra ponta da corda em volta do meu pescoço. De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava a ponto de saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou. Eu pensei: -'Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora. ' Eu esperei e esperei, mas a campainha era insistente; depois a pessoa que estava tocando também começou a bater bem forte. Eu pensei: -'Quem neste mundo pode ser? Ninguém toca a campainha da minha casa ou vem me visitar. ' Eu afrouxei a corda do meu pescoço e segui em direção à porta, enquanto a campainha soava cada vez mais alta. Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na minha varanda estava o menino mais radiante e angelical que já vi em minha vida. O seu SORRISO, ah, eu nunca poderia descrevê-lo a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito tempo SALTASSE PARA A VIDA quando ele exclamou com voz de querubim: -'Senhora, eu só vim aqui para dizer QUE JESUS A AMA MUITO. ' Então ele me entregou este folheto que eu agora tenho em minhas mãos. Conforme aquele anjinho desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e atenciosamente li cada palavra deste folheto. Então eu subi para o sótão para pegar a minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar mais delas. Vocês vêem - eu agora sou uma FILHA FELIZ DO REI!!! Já que o endereço da sua igreja estava no verso deste folheto, eu vim aqui pessoalmente para dizer OBRIGADO ao anjinho de Deus que no momento certo livrou a minha alma de uma eternidade no inferno. ' Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos na igreja. E quando gritos de louvor e honra ao REI ecoaram por todo o edifício, o Papai Pastor desceu do púlpito e foi em direção a primeira fila onde o seu anjinho estava sentado. Ele tomou o seu filho nos braços e chorou copiosamente. Provavelmente nenhuma igreja teve um momento tão glorioso como este e provavelmente este universo nunca viu um pai tão transbordante de amor e honra por causa do seu filho... Exceto um. Este PAI também permitiu que o Seu Filho viesse a um mundo frio e tenebroso. Ele recebeu o Seu Filho de volta com gozo indescritível, todo o Céu gritou louvores e honra ao Rei, o PAI assentou o Seu Filho num trono acima de todo principado e potestade e lhe deu um nome que é acima de todo Nome. Bem aventurados são os olhos que vêem esta mensagem. Não deixe que ela se perca, leia-a de novo e passe-a adiante. Lembre-se: a mensagem de DEUS pode fazer a diferença na vida de alguém próximo a você.


Autor desconhecido

Pintando os Sete.


É natural que a cada dia que passa, o ser humano venha a pensar diferente, seja com idéias ou tendências novas. Desde os primórdios da civilização o homem já se mostrava diferente em pensamento entre si, tanto que a história da civilização relata várias cisões entre povos ou sociedades irmãs, um bom exemplo foi a divisão da igreja católica que se deu através de disputas doutrinárias, concílios disputados, evolução de ritos separados e pelo questionamento da posição do Papa de Roma.
Atualmente, vê-se no mundo certas “tribos” que usam de certas tendências (modo de se vestir, de se comunicar, estilo musical, revolta política, sentimentalismo, opção sexual) para se identificar no mundo, como se fosse um modo de reafirmação do eu interior, como se o simples eu não bastasse. Assim, de forma natural o homem continua afastando-se de si próprio, desculpe a redundância, não encontrei outro modo de mim expressar-me.
Não critico a formação das “tribos” pois acredito plenamente que ela tem origem no eu do ser humano, como se cada ser humano tivesse vontades e desejos próprios, o que é pura verdade e realidade, visto que a cada dia nascem mais e mais grupos com tendências e pensamentos diferentes. O que não pode acontecer é o fato de um pensamento ir de confronto com o outro, é o caso das brigas e conflitos geradas entre as torcidas de times rivais, emos e metaleiros, góticos e punks, negros e skinheads e vice-versa.
Afirmar uma filosofia de vida, um modo de pensar, agir e viver só é saudável quando não atingi outras formas de agir e viver, e é justamente nesse ponto, que o preconceito com as tribos cresce, pois geralmente, estão associadas a perturbação no âmbito social de outros “grupos”.
Os GLS, ultimamente tem sido um dos maiores exemplos de “tribos” organizados do Brasil, tendo como base que o movimento cresce e a aceitação é forte. Porém, vale lembrar que para reafirmar a sexualidade não se precisa manchar a moral e os bons costumes, visto que alguns praticantes do movimento acabam sempre manchando a moral construída pelos mesmos. A parada gay é uma reafirmação do orgulho gay, mas será que precisa haver toda aquela putaria? Gente nua se agarrando no meio da rua. Exemplos como esse, estão sendo postos aqui não como recriminação, mas como forma de reflexão para o homem em si, o ser humano que existi em cada um.
É preciso saber conviver com as diferenças lembrando que somos seres humanos, diferentes em gostos, tendências e opções, mas iguais em sangue e espírito... Pense nisso.



Jossé Leanndro


Só Ele sabe.


Sei que meus erros são muitos;
Sei que preciso mudar, ao menos eu sei;
Sei que já caí bastante, sei que continuarei a cair;
Sei que alguns não se importam mas ao menos
Sei que Vocês sempre estão e estarão comigo;
Sei que sendo homem estou sujeito ao erro e
Sei que nesse mundo o erro é conseqüência de estar vivo;
Sei que se não tivéssemos escolha, tudo seria mais fácil mas
Sei que muitos O julgariam, inclusive eu;
Não sei porque estou, nem porque sinto tudo isso;
Não sei porque estes me consomem e me enobrecem, afinal
Não sei porque os outros não julgam tais atos, naturais;
Não sei mais o que eu sinto e se é que sinto, já esqueci meu nome;
Sei que tantos buscam salvação e
Sei que muitos tem medo, inclusive eu, afinal, o que depois?
Sei que me limito a humildes perguntas banais e sem respostas mas
Sei que se isso que temos é inteligência, então o que vem depois é supremo
Sei então, que se nós somos Tua imagem e semelhança
Sei que tudo o que vem depois é maravilhoso, logo
Sei que o que vier depois não importa e
Sei que é difícil aceitar o desconhecido mas
Sei pelo menos que você, só Você sabe.


Jossé Leanndro Silva Barros

Viajando na(s) égua(s).


Este artigo foi motivado pelos meus estudos recentes no curso de Letras e, ao iniciar os estudos lingüísticos simpatizei com o modo não-preconceituoso com que ela trata as variedades da fala e assim, de forma simples e objetiva, vou expor um pouco do meu conhecimento na área para esclarecer “coisas” que vocês sempre se perguntaram.
Ao perceber que a língua no nosso país é muito diversificada, decidi escrever sobre esta palavra que apesar de simples, parece ser universal, pelo menos na região nordeste, apresentando diversos significados dependendo do contexto. Égua(s), sim, essa é A palavra.
A Etimologia é a parte da gramática que se ocupa em descobrir a real origem da palavra, seu significado e sua evolução ao longo da história e, visto que nossa palavra é égua(s), aqui vai um pequeno aperitivo do real valor da palavra. Égua é uma palavra de gênero feminino que deriva de “equus caballus” (do latim). Num estudo etimológico podemos perceber que o significado da palavra foi alterado ao longo da história, especialmente pelos nordestinos, que transformaram a palavra em termo universal.
Certa vez, na aula de lingüística, ouvi a seguinte afirmação: “língua é poder” e particularmente concordo com a afirmação, porém, só aceito a mesma no que se refere ao jogo das palavras, ao modo de como se pode brincar com elas e as formas corporais que podem ser adotadas de modo a alterar qualquer frase mudando seu sentido. É interessante saber que quando falamos ativamos grande parte do nosso corpo sem nem perceber, e assim, articulamos nosso rosto de modo a criar várias expressões que são chamadas de “expressões corporais”. Estas, juntamente com a entonação da voz criam uma fonte enorme e diversificada de sentidos e contextos gerando este “fenômeno” que temos com a palavra égua(s).
Então vamos brincar um pouco, pois eu seria um “Mama-na-égua” (palerma) se não me divertisse ao escrever algo assim. A palavra em questão pode ter vários sentidos que vão desde pena a tesão. Exemplos disso são frases como: “Égua que coitadinha, caiu e se machucou toda.” ou “Égua, o que é isso meu pai... Que morena!”. Parece engraçado, mas é isso mesmo, a palavra égua(s) possui esse poder infinito de criar enunciados com os mais diversos sentidos, então, vamos explorar mais um pouco dessa “gama de sentidos” que serão exemplificados nos enunciados a seguir:


“Éguas, que comida gostosa... hmm”. (desejo)
“Éguas, que comida gooossstoosaaaaaa... errr”. (nojo)
“Égua cara! Como você ta bonito”. (admiração)
“Égua cara! Como você ta bonitãoooo...”. (ironia)
“Éguas, assim você me mata amor...”. (tesão)
“Égua, que pôr-do-sol lindo”. (admiração)
“Éguas, que filho da PU@%##¨%$, como que perde esse gol!”. (raiva)
“Égua, que saco escrever essas frases...” (tédio)

Agora eu convido você a se aventurar pelo fantástico “mundo das palavras” e se deliciar com todas as formas que as palavras apresentam. Além disso, desafio você a pensar em qualquer sentimento ou circunstância e, após isso, insira a palavra égua(s), tenho certeza que ela se encaixará perfeitamente. Boa aventura!


Jossé Leanndro

“Vida e (ir)Responsabilidade”.


Ele chegara em casa, porém parecia abalado e pálido, seu rosto refletia tristeza, ele já não sabia o que fazer, mesmo assim, quando adentrou em casa foi bombardeado por perguntas, daquelas que deixam qualquer um indignado, não entendia o motivo delas, nem entendia porque a vida toda fora tratado assim. Parecia que seus pais sabiam mais que ele, como se a experiência de vida deles fosse superior as suas conquistas atuais, como se o mundo não se renovasse e estivesse sujeito ao antigo passado, como se o mundo não mudasse ao longo do tempo, como se tudo continuasse a ser do mesmo jeito.
Sentia que não tivera mais o entendimento deles, como se eles não entendessem suas necessidades, parecia que com o passar do tempo as pessoas não olhassem que como humanos, todos nós, temos problemas, aflições, desejos e anseios e que estes torturam nossa vida e nossa mente aos poucos, como se roubassem-nas aos poucos.
Ele queria fugir, queria sumir, queria sentir, sentir a brisa do mar em seu rosto, ultimamente era o seu único consolo, queria buscar no mar um amigo, na brisa uma amante e nas palavras um refúgio. Sua mente e suas palavras eram suas únicas armas já que ultimamente seu melhor amigo havia se afastado devido aos acasos da vida. Quando estava só, ficava a pensar e acreditava que tudo aquilo acabaria, que aquela tortura teria um fim, que as conquistas da vida fizessem algo novo brotar ali, como se daquele seio nascesse esperança, como se algo trouxesse a paz que tanto buscava. Infelizmente já havia acontecido, sua irresponsabilidade marcaria o resto de sua vida, uma nova vida estaria ali, consumada, restava apenas aceitar e amadurecer para enfrentar seus problemas e responsabilidades. Agora, ao invés de se afogar em lágrimas, ele entregava-se a embriagues que já consumia sua mente e afogava-se no liquido que destruía suas lembranças temporariamente, aliviando a dor de seus erros.
Ele possuía uma ambição, desejava dar o melhor para seus familiares e, apesar de tudo reconhecia o que tinham feito por ele, reconhecia sua educação, reconhecia que só agira e escrevera assim devido a tudo que foi lhe ensinado, e assim, com seu lado racional, desejava recompensar de alguma forma tudo que lhe foi dado, não que fosse uma obrigação mas que fosse algo que o preenchesse. Mesmo assim, ainda não entendia nada da vida e se via menor, pequeno, como se os outros já tivessem vivido mais, como se ele ainda tivesse muito o que saber, o que ver e aprender. Nunca havia reclamado de sua educação, porém, nem sabia como seria outra, mas agora ele vê claro tudo o que havia perdido, tudo o que já podia ter visto, tudo que tanto queria ver, tudo que só agora pode ver, tudo que a mentalidade madura pode definir, pode aceitar, pode viver, visto que só agora ele tinha crescido para entender as conseqüências de seus atos.
Assim, não conseguia mais lutar, seu otimismo e seu sorriso não mais o salvariam, restava agora apenas apelar para seu melhor amigo, as palavras? Não, elas são muito fortes mas não são eternas, são excelentes hoje e estúpidas amanha. Então seria uma força que nunca o abandonou, que sempre esteve ali, que ele nunca via, porém sentia e desse modo criava a consciência de ter alguém superior, que o guiasse, como se algo indicasse o certo, o movesse para o lado correto, como se algo pesasse sobre suas costas, como se a culpa ensinasse que seus erros e as conseqüências dessem o gosto de morrer tentando, assim, prometeu a si mesmo que o erro seria apenas mais um fase da vida, um etapa, uma lição.
Então, aceitou a nova fase de sua vida, pois talvez essa nova vida trouxesse a responsabilidade que faltara em si, assim, relaxou e dormiu na certeza de que o próximo dia é sempre novo e que a partir de agora ele poderia acertar.


Jossé Leanndro

Ensino da Gramática: “Assassinando talentos, formando robozinhos”.


Na citação de Celso Pedro Luft em Língua e Liberdade (p. 21) ele diz que: “Um ensino gramaticalista abafa justamente os talentos naturais, incute insegurança na linguagem, gera aversão ao estudo do idioma, medo à expressão livre e autêntica de si mesmo”.
Às vezes eu paro para pensar e reflito que o ensino da gramática no nosso país é um ensino muito dogmático, em que as regras são “empurradas” em nossas mentes por métodos de atividades repetitivas e nada educativas, pois não ensinam o modo de como chegar às respostas, ou seja, apenas nos apontam as respostas já prontas. Toda essa forma de ensino, torna à aprendizagem um tanto quanto “mecânica”, pois o conhecimento na nossa mente, apenas codifica as informações e aplica nas questões didáticas do dia-a-dia escolar, entretanto o assunto a ser tratado é até onde o ensino da gramática atrapalha o modo de escrever dos alunos.
Para escrever bem, não basta apenas “saber escrever”, ou seja, saber a norma culta, precisa-se também de criatividade, ousadia e segurança para que você possa se expressar com integridade, de modo que esta não fique comprometida pelas normas e regras gramaticais como já dizia Luft no trecho acima. Estas qualidades caracterizam um bom escritor, visto que elas são o molde da boa escrita e que, se unidas com a leitura e com o conhecimento de mundo, tornam a escrita uma arma fantástica.
Tomando Shakespeare, citarei um breve trecho de menestrel em que podemos comparar gramática e escrita do seguinte modo: “Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.” Então, nós devemos adotar que saber gramática não é garantia de boa escrita. Portanto retomando Shakespeare, “...plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores”, logo, vê-se claro que a escrita é algo que tem de ser plantado e cuidado, ou seja, algo que exija esforço e não algo já pronto. Então compare o jardim com os moldes de escrita, ou seja, os gêneros e também compare o termo “sua alma” com a criatividade e as flores com gramática e vemos claro que a analogia tem sentido, pois todo ato de escrita requer esforço e dedicação, visto que, novamente vale ressaltar, a escrita é algo a ser moldado enquanto a gramática já é algo pronto.
Logo, conclui-se que esse ensino erudito está assassinando bons escritores, formando alunos sem opinião crítica e transformando os mesmos em robozinhos treinados a resolver dezenas de questões sobre análise morfossintática e orações subordinadas blábláblá reduzida de infinitivo.


“Novamente a tecnologia dita o futuro, nascem robôs, morrem poetas...”


Jossé Leanndro

Da cegueira urbana a rotina da vida, ser um é ser nada.


Todos os dias eu vejo, vejo coisas velozes, vejo vultos coloridos que passam desenfreados por mim, vejo luzes, vejo o brilho e a escuridão da natureza, vejo a beleza oculta e exterior da vida, vejo coisas grandes, vejo a tecnologia, vejo a dependência, vejo o homem atrelado a esse mundo robótico, vejo seus movimentos cada vez mais restritos, como se o metal já brotasse dentro de toda carne viva e mente pensamente de todo homem.
Vejo pressa, impaciência, medo, raiva, fumaça, gritos, morte! Vejo cada vez mais o homem corrompendo-se a evolução, como se o macaco dos evolucionistas continuasse a evoluir transformando-se em algo além do “erectus”, seria o “roboticus”? Algo novo, algo alcançável, porém limitador, dominador. Vejo homens sobre rodas velozes que ditam os avanços e a correria do dia-a-dia, vejo falta de humildade, compaixão, respeito, e vejo que também sou filho de toda essa loucura tecnológica, ao menos eu vejo, não como a humanidade cega que se deixa levar por todo esse lixo robótico, que apesar de tudo, vejo que precisamos, precisamos entender que somos criatura e não criador, logo, o que poderia ser todo esse “troço tecnológico” então?
Vejo-me preso a isso, vejo que não sou mais eu, eu já não vejo nada, eu decodifico, como se minha mente tivesse se transformado num computador, um processador de idéias ao vento da brisa do mar, que vejo, vejo diariamente essa brisa a bater, a passar, vejo gente buscando seu sustento, vejo redes cheias de esperança em busca do amor, em busca do sabor, em busca de sobrevivência, vejo em toda sua grandiosidade a falta de vida, vejo cada vez mais aquilo insistindo em viver, vejo que em suas bases, suas raízes se contorcem, como se quisessem fugir do medo que a consomem, como algo que implora pela vida ao ser torturado, mas ainda assim, vejo ali vida, vejo transcorrer aquele líquido que um dia já foi água, vejo seu percurso cada vez menor, vejo coisas “cuspindo” a fumaça da tortura com toda sua grandeza, com toda sua evolução, com todo seu lixo urbano-tecnológico, com todo seu ódio e sua ambição, como se sufocasse aquele inocente e ingênuo indefeso, como se calassem sua boca. Vejo que ainda há esperança, vejo naquele gesto, contorcido, um grito de liberdade, um grito de socorro, um grito... Maldito grito! Vejo sorrisos, vejo paz, vejo esperança, vejo que tantos querem tão pouco, outros muito, vejo vozes ensinando a valorizar o muito que somos e temos, vejo saúde e humildade, vejo anjinhos a gritar diariamente, como se já soubessem em que maldito mundo eles nasceram e terão que viver.
Vejo a cegueira consumindo o homem, as vezes vejo, as vezes não, vejo olhos furados aceitarem determinadas realidades ou não, como se o homem andasse vendado aos acontecimentos do mundo, vejo que não sei ver completamente tudo, vejo todos serem assim, vejo pessoas alegres, tristes, felizes, infelizes, porém, vejo todos vivos, cegos. Vejo infantilidade consumindo o homem, vejo infantilidade me consumindo, mas vejo maturidade nascendo, vejo maturidade brotando nas raízes das minhas sinceras e vivas palavras, vejo que poucos compreendem, poucos aceitam, poucos conhecem, vejo você, vejo eu, apenas mais um sobrevivente da correria urbana, apenas mais um seu Zé ou tia Maria, apenas mais um, apenas um... Infelizmente um... nada um... Maldito um!



Jossé Leanndro

Purataria, ignorância ou necessidade?


Desculpe a indecência do termo, mas minha indignação perante o assunto é enorme, visto que sendo um problema tão antigo, faz com que sua evolução ao longo da história tome uma dimensão enorme que acaba confundindo e distorcendo o verdadeiro sentido de pirataria. A relação entre “pirataria” e “putaria” torna ainda mais explicita a minha indignação sobre este assunto, que na minha opinião, deve-se única e exclusivamente aos modos como este é tratado hoje em dia. Apesar de hoje em dia a pirataria consistir em um roubo intelectual, o que a difere da mesma pratica do passado, é que antigamente, havia um assalto propriamente dito, ou seja, havia o uso excessivo da violência, o que é totalmente diferente da "pirataria" praticada atualmente.


O termo pirata (do grego πειρατής, derivado de πειράω "tentar, assaltar", pelo latim e italiano pirata) é um marginal que, de forma autônoma ou organizado em grupos, cruza os mares só com o fito de promover saques e pilhagem a navios e a cidades para obter riquezas e poder. O estereótipo mais conhecido do pirata se refere aos piratas do Caribe e cuja época áurea ocorreu principalmente entre os séculos XVI e XVIII [Fonte: Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pirata)].


Outra variação da classe pirata, porém não menos importante, são os corsários, que eram piratas diferentes, pois tinham o apoio da coroa por meio das “cartas de marcas” (documento que permitia ao pirata pilhar e saquear os navios de outras nações), cartas estas que eram usadas com objetivo comercial a fim de enfraquecer o inimigo através da tática do domínio das rotas marítimas. O corsário mais famoso foi Francis Drake, que graças aos fabulosos tesouros arrecadados, foi intitulado cavaleiro por Isabel I.
Piratas modernos são os sobreviventes de um passado de desigualdades que insiste em existir através dos tempos, e que, infelizmente continuará existindo no mundo em que vivemos cuja lei do mais forte é que prevalece, e o “mundo moderno erudito” continua a existir... Até quando continuaremos a evoluir acorrentados pelo passado? Essa é uma pergunta que não me atrevo a responder. Frustrante ainda é saber a realidade que o brasileiro se encontra, em que, nós cidadãos, estamos sujeitos a exploração do capitalismo, que já tão popular, é visto aos nossos olhos de forma bem natural. O termo “pirataria” é muito forte para se designar o ato de apropriação indevida de material alheio, visto que, a pirataria atacada hoje em dia se refere basicamente a essa apropriação por classes menos favorecidas a fim de gerar sua fonte de renda. No conceito acima, há o uso da palavra marginal, que segundo os dicionários significa não só bandido, mas também quem está a margem da sociedade, o que reafirma o conceito acima citado sobre piratas modernos.
Sem buscar exemplos distantes, vê-se aqui no Brasil, artistas e afins altamente ricos que na maioria dos casos são merecedores desta, porém, tendo como exemplo esses, o argumento a seguir torna-se bastante forte e resume bem essa triste realidade. - “Já não basta o dinheiro arrecadado com inúmeros shows, ainda tem-se que pagar por CDs com preços absurdos, ou mesmo, não basta o exagero das bilheterias, ainda tem-se que pagar por DVDs caríssimos. Além disso, ainda existem as propagandas que também são uma ótima fonte de renda deles, fora a fama, as entrevistas, as fotos, as revistas... nem vale a pena aumentar essa lista”. Por favor, é bem verdade que o governo é um explorador desta classe, abusando com inúmeros impostos que acabam aumentando e multiplicando o preço dos produtos prejudicando os consumidores que na maioria, fãs, se vêem encurralados nesse dilema. Entretanto, esse repasse no preço é extremamente abusivo, pois não configura o público consumidor, em sua maioria, o “povão” brasileiro.
Não desmerecendo nem sendo injusto com a classe, é verdade que ao produzirem seu “ganha-pão” eles consomem grande parte de sua criatividade e tempo, pois isso é exigência de seu trabalho, logo todo o crédito é de merecimento de toda uma equipe que trabalhou em torno daquilo. Porém, novamente vale ressaltar, os lucros são altamente exorbitantes e caracterizam uma exploração não só financeira, mas também moral dos consumidores que se submetem a tal exploração. Além disso, ao se posicionarem, eles, devem lembrar que a pirataria é fonte de renda de várias pessoas que se vêem pressionadas por uma realidade cruel, que não da oportunidade nem vez aos menos preparados nem os preparam para esse “mundão de meu Deus” em que, os melhores passam por cima dos piores. Trata-se de uma selva atual que prevalece não só a preparação, mas também a esperteza de cada um, pois já dizia Thomas Hobbes: “O homem é lobo do homem“.
Aqui fica uma sugestão aos artistas, produtores, compositores, programadores e demais classes “pirateadas”, o produto base deve ter uma alternativa (A) de vendas que supra o esforço de toda a equipe que merece ser bem recompensada por seu trabalho, no caso, usando exemplo dos músicos, a turnê e a publicidade podem ser usadas como alternativa (A) e os CDs, usados como alternativa (B), no caso, uma alternativa que popularize os preços e torne de fácil acesso o produto aos consumidores. Deles, devia partir a iniciativa e o bom senso para a redução dessa chamada “pirataria”, visto que, os argumentos acima já comprovam que os valores exorbitantes são em grande parte o motivo dessa crescente prática tão criticada por eles mesmos, logo, se houvesse uma popularização dos preços, a maioria dos compradores optaria por uma versão original e registrada do produto.



Jossé Leanndro

Quem sabe? Dúvida, aflição ou alegria?


Quem sabe um dia o mundo gire, quem sabe um dia eu aprenda a amar, quem sabe um dia eu cresça, quem sabe um dia o verde em mim amadureça, quem sabe um dia brote em mim a sabedoria de seguir em frente, quem sabe...
O dia era comum, porém chovia muito, algo o inquietava, desejava conversar com alguém, liberar o que sentia, mas o destino não lhe mostrou ninguém apto a compartilhar do tal segredo. Queria explodir, pensava estar confuso, não conseguia mas distinguir o certo do errado nem saber ao menos seu nome nem o motivo de tal infeliz existência. Não lembrava nem sentia nada, seu passado parecia vazio, seu presente confuso e seu futuro incerto como o de todos, assim, gritou como se o desespero o fizesse livrar-se de tal aflição, mas nesse infeliz gesto, nada conseguiu.
Ele não queria conviver com aquilo então decidiu buscar na simplicidade e na pureza, uma companheira de aventuras, decidiu revelar seu segredo, criando assim ,uma amizade eterna com alguém especial até aos olhos mais sujos e impuros. Ela emanava fidelidade dando a certeza de que seu o segredo estaria bem guardado e seu coração aliviado, então contou.
Algo não parecia fazer sentido, aquilo tudo por tão pouco ou seria muito? Não faz a mínima diferença, ele não estava aliviado, não sabia o que estava sentindo e continuava sem saber. Hoje ao deparar-se com seu passado refletiu de forma serena sobre tudo o que já fizera na vida, refletira sobre suas decepções e conquistas como um idoso ao lembrar suas memórias, dessa forma, continuou a pensar, balançado pelo vento da noite e inspirado pela brisa da madrugada, concluiu que a vida é para ser vivida, e que DEUS nos ensina a caminhar não só nas conquistas mas nas decepções, porém só com sabedoria, encaramos que as decepções são frutos de nossa ingênua e fraca fé, e que as conquistas, são frutos de nossos dons e características dadas por DEUS.
Então, ainda indeciso, decidiu esperar e ouvir os ensinamentos da vida, bem no silêncio da noite, onde o galo não canta, mas a lua dá brilho e graça. Viu o sol a nascer e iluminar-lhe a fronte, então contemplou a maravilha da vida e a comunhão entre os homens, descobriu na humildade dos atos a mais sincera amizade e agora envolto por algo que o fazia sentir-se bem decidiu compartilhar daquela alegria com todos. Agiu normalmente e continuou a viver, porém não sabia como explicitar toda aquela alegria e felicidade que o tinha contaminado, então, escreveu... quem sabe um dia você entenda.

“ Sentia-se tão bem, parecia flutuar e explodindo em alegria percebeu, seu sangue agora possuía a humildade e a união, possuía duas cores...”


Jossé Leanndro

Lua cheia de desejos


Lua cheia sobre a rua
Andava nua sobre a escada
Provocava bela a balançar
Sussurrando palavras ao ar


Noite dos apaixonados
Que vêem nela uma criança
Na madrugada a esperança
De amores embriagados


Adoradores do pecado
Amantes do desejo
Seus lábios semi cerrados
Molham-se com meus beijos


Somente a lua, parte do enredo
Tudo observa em silêncio contido
Guarda o libertino segredo
Dos amantes escondidos


Guarda os suspiros proibidos
E as juras de amor
Empresta todo o seu brilho
Ó astro inspirador


Jossé Leanndro e Renata Ribeiro, vulgo “Leozin e Rê Ribeiro”.

Memórias do nosso amor


Já não sei por que
O amor ficou pra trás
Paixão ainda fulgaz
Insiste em te querer


Paixão arde no peito
E, aquilo que foi feito
Insisti em martelar
Ouço tua voz a sussurrar


Não consigo dormir
Atormenta o pensamento
Vivo no sofrimento
Abala o que esta por vir


Num singelo lamento
Choro lagrimas ao vento
Estou morrendo de dor
Agora lembro, O nosso amor


Jossé Leanndro

Algo: “Dons de Deus”


Algo... Algo tão raro;
Algo as vezes sem valor;
Algo tão especial;
Algo as vezes individual;
Algo tão difícil;
Algo as vezes simples;
Algo assim como você;
Algo assim como nós;
Algo do tipo restrito;
Algo do tipo que nasceu em nós;
Algo do tipo sem explicação;
algo assim... algo!
Algo tão algo!
Algo que precisa de amuderecimento;
algo assim, tão infinito!
algo assim, tão perfeito ou não;
algo assim, divertido ou não, mas é algo!
Algo assim... algo!
Algo tão algo!
Algo meu, seu, algo nosso;
Algo que só a gente tem;
Algo que só a gente conversa;
Algo que só a gente entende;
Algo que só irmãos compreendem;
Algo que bate no meu peito;
Algo que me fez teu sangue;
Algo que me jogou no teu ambiente;
Algo que meu fez teu irmão, pai, amigo, amante;
Algo forte, tão forte que me liga a/em você;
Algo forte, que me acolheu;
Algo bom que sinto perto não só de você;
Algo que sinto dos que fazem parte de você;
Algo que espero que continue assim;
Algo que só agora entendo;
Algo que só a saudade fortalece;
Algo que só a presença fortalece;
Algo especial que sinto por você;
Algo especial que sinto por vocês;
Algo assim, maluco;
Algo assim, divertido;
Algo assim, amor;
Algo assim, união;
Algo assim tão algo!
Algo assim que só nós temos;
Algo que ELE nos deu;
Algo...


Jossé Leanndro

Lamentos: "Amor, um mal nescessário".


De repente escureceu, tudo acabou, não sabia o que fazer, só tinha a certeza de seguir em frente, precisava se focar, um objetivo já possuía, bastava agora alcança-lo, será? Parece ironia, mas o destino insiste em testar esse garoto, ele precisa aprender, assim é a vida, você cai, levanta e aprende, pelo menos seria essa a ordem correta. Parecia calmo, os dias se passavam, sua concentração aumentava dia após dia, parecia frio, ele já não sentia nada, não lembrava seu passado, pelo menos não o queria, parecia triste, mesmo assim seguia, e seguia com um ar orgulhoso, como se quisesse provar algo. Determinado, continuou a seguir, entretanto não sabia por qual motivo seguia, apenas seguia, como se escapasse de algo, assim, acabou reduzido ao vazio que o consumia, já sem esperanças, descobriu que as pessoas que o encaminharam ao mundo também o ensinaram a viver e mostraram que isso era apenas uma fase da vida, daquelas como um primeiro amor, que é difícil de esquecer, alias impossível, pois tudo são etapas, fases, que só com a maturidade de um adulto, podem ser entendidas como boas e eternas lembranças, porém era com a coragem e o otimismo de uma criança que ele seguia e seguia.

Convencido de ter vencido, deparou-se com a felicidade de todos e festejou com aqueles que fazem parte dele, e sem nem acreditar, continuou a festejar, como se algo o movesse, algo o impulsionasse, como se algo o fizesse sentir novamente o que insistia em esquecer, então, voltou a viver no passado como se o amor preenchesse todo aquele vazio que o consumia, mostrando que os dias passam, mas o amor fica lá, bem ali, no cantinho do coração, esperando o momento de explodir e entregar-se a um novo alguém, alguém esse, cativante, que mostra com gestos singelos, palavras gentis ou não, troca de olhares, carinhos e sorrisos sinceros o quanto é bom amar.

Não sei por que te amo, coisas assim não se explicam, acontecem, coisas assim não são pra ser entendidas, apenas aceitadas. Odeio sentir-me assim, apaixonado, torno-me vulnerável, fraco, sujeito ao erro, amante do amor, entrego-me sem pensar, não tento explicar, apenas amo.


“Olho pra imagem da pureza, sinto uma tremenda certeza, anseio teu olhar, assim, posso continuar a te amar”.


Jossé Leanndro

Bom Dia, Amor


Hoje quero voar, alcançar o infinito, viver realidade em meus sonhos.
Repousar no carinho dos teus braços, ansear teu abraço, curar o cansaço. Pedir carinho e compreensão, desejar teu coração.
Tê-la só pra mim, com egoísmo de uma paixão.
Esquecer do mundo, alcançar o ápice.
Suplicar aos céus ao menos sonhar esse sentimento.
Abrir os braços ao vento, sentir a brisa a bater.
Aprender a sofrer, gritar quando ninguém quer ouvir.
Lembrar dos lábios que beijei, relembrar o quanto eu supliquei.
Refletir dos erros, tanto cometidos.
Memorizar as paixões, tanto já vividas.
Dopar-me na embriaguês infinita do teu rosto, quando te via.
Acordar no afago de tua voz a dizer: Bom Dia...



Jossé Leanndro

ABC da Dengue.


O palco está montado, os personagens estão soltos e o processo está podre. Vítimas estão cada vez mais morrendo e assim continuarão, pois num mundo como esse, utópico, a sociedade apenas reforça seu complexo de acomodação criticando inúmeras vezes o governo que não está totalmente correto, porém, sendo balanceados estes dois, não se vê muita diferença, portanto, novas vítimas terão de ser feitas e novas epidemias alastradas para assim, quem sabe, alguém tomar uma providência.

Fácil mesmo é criticar, difícil é querer ajeitar. A visão imparcial da população assusta, visto que, tudo acontece e nada é feito, vê-se mães desesperadas nas unidades públicas de saúde com seus filhos morrendo e você em casa, assistindo o noticiário, tomando uma cerveja e em seqüência colocando-a empilhada a um monte de outras formando um imenso “criadouro” de larvas e ainda diz assim: “Maldito governo, porque não dão um jeito nisso!” E com um ar de dono da verdade critica sem perceber o ciclo vicioso que está sendo criado, formam-se filhos críticos e cria-se uma geração de babacas repetidores de palavras soltas ao ar.

Dengue é como “ABC” de criança e adolescente, que passa vida inteira aprendendo como assim: “Não fale com estranhos, não atravesse a rua sozinha, não use drogas, não faço sexo sem camisinha e blábláblá”. No caso, a dengue é assim: “Não deixe água limpa empossada em nenhum tipo de recipiente que possa se formar volume e assim torne-se um criadouro de larvas para que assim não haja proliferação do mosquito”.

Algo deve ser feito! Lógico, isso é inegável, porém o processo está podre, o ciclo está sem harmonia, a sociedade não está preparada para aprender a agir em conjunto com o governo. Há a conscientização do governo para com a sociedade, porém não há a conscientização da sociedade para com o processo.

É bem verdade que o governo não é dos melhores e que os meios e métodos utilizados pelo mesmo não são atualizados, alguns funcionários são preparados, porém, a estrutura não permite um melhor funcionamento por parte do governo, que se resume ao combate em campo, a conscientização e a coleta de dados técnicos. Pois bem! Visto que o cenário foi descrito, só resta explicar o meio do processo que justamente é o que não funciona, ou seja, a ligação entre sociedade e governo.

É o mesmo que esfregar gelo, não adianta o governo armar toda uma base pra que a sociedade não dê o complemento, não adianta o cidadão tomar todas as precauções cabíveis e o vizinho nada fazer, o mosquito continua se alastrando de acordo com a irresponsabilidade minha e sua, portanto, vê-se claro que: o problema é mais “psicológico” que científico e a medida a ser tomada é simples: apenas uma conscientização interna de cada cidadão.

Da origem a concepção: Deus e vida, pais e amores.


Gritos, gemidos, choros, nada definia aquele som nem assustava quem o dominava que com um singelo gesto bateu-lhe o bumbum e disse: - Nasceu! Porém não parecia alegre e aquele ambiente que ardia em esperança pareceu despencar às costas daquele médico que não sabia como dizer aquilo ao pai. Mas como assim? Dizer o que? Algo preocupava aquele senhor, mesmo assim, alguma coisa devia ser dita e com expressão frágil e um ar melancólico explicou a situação resumindo-a em: - Seu filho tem um grave problema. Em termos não técnicos, explicou que o bebê tinha os pés “meio que pra trás”, assim como o curupira de nossa literatura popular. Entretanto, pensando estar aliviado por ter revelado a verdade ao pai, teve uma surpresa e percebeu que o mesmo havia desabado.

Com esperança e os esforços dos pais e Amigos, o primeiro obstáculo foi vencido, não que o garoto houvesse feito algo pra ter vencido essa batalha, mas algo já dizia que seu sangue era forte e cheio de vida, já andava normalmente, corria, jogava bola, era uma garoto normal, porém obstinado a desafiar a vida que lhe insistia em provocar e ensinar. Deparou-se com situações cotidianas da vida, brincou com os primos, visitou avós e tios, respeitava família, sempre bom aluno, porém, ingênuo e desavisado, nada sabia da vida, apenas a desafiava.

Sofreu, apanhou, sofreu, apanhou e nada sabia sobre aquilo, só queria odiá-lo, sem nem mesmo perceber o que havia feito para isso, então, sofreu, apanhou, sofreu, apanhou novamente e imbuído de nova concepção percebeu que aquilo não era tão mais sufocante, aprendeu que A Vida não o castigava sem motivo, porém ainda não compreendia, e assim, apanhou novamente achando que seu inimigo estava ali, próximo de si, então, discutiu, brigou, bateu, apanhou e sem nexo algum saiu pelo mundo, a estender os braços e achar que estava livre para voar como se conseguisse deslizar por sobre o chão. Era a única forma que o distraia. Entretanto novamente afirmou que seu inimigo estava ali, tão próximo de si. Ele tinha certeza, mas antes disso amou, amou e amou, e apanhou, ao ponto de que novamente deparou-se com seu algoz, não que sua amada o fosse, mas que a ingenuidade com que ele tratava os outros e ela o tornava forte e a maturidade com que enfrentava seu “inimigo” o tornava fraco, porém tudo lhe parecia totalmente o contrário, tanto que aquilo subia-lhe a cabeça a ponto de cega-lo. Ele não estava cego, estava “cego”, não queria acreditar que quem o apoiou a vida toda continuava lá apesar de tudo, como se aquela cruz insistisse em pesar sobre suas costas, e assim cresceu, e entendeu que ele apenas não entendia o que A Vida lhe ensinara e ainda não entende por completo, mas pelo menos sabe que seu inimigo não era sua (O)origem nem mesmo quem (A)a proporcionou mas ele próprio que com a ingenuidade de uma criança ainda não aprendeu a caminhar, a andar, a ver, a viver, a amar.

Jossé Leanndro

O que é SEXO afinal ?


Segundo o MÉDICO: é uma doença... porque sempre termina na cama.
Segundo o ADVOGADO: é uma injustiça... porque sempre há quem fica por baixo.
Segundo o ENGENHEIRO: é uma máquina perfeita... porque é a única em que se trabalha deitado.
Segundo o ARQUITETO: é um erro de projeto... porque a área de lazer fica muito próxima á área de saneamento.
Segundo o POLÍTICO: é um ato de democracia perfeito... porque todos gozam independentemente da posição.
Segundo o ECONOMISTA: é um desajuste... porque entra mais do que sai. Às vezes nem sabe o que é ativo ou passivo.
Segundo o CONTADOR: é um exercício perfeito: põe-se o bruto, faz-se o balanço, tira-se o bruto e fica o líquido. Podendo, na maioria dos casos, ainda gerar dividendos.
Segundo o MATEMÁTICO: é uma perfeita equação... porque a mulher coloca entre parênteses, eleva o membro à sua máxima potência, e lhe extrai o produto, redureduzindo-o à sua mínima expressão.
Segundo o PSICÓLOGO: explicar é FODA!

Autor Desconhecido

Cotas do Orgulho Negro


Os critérios adotados pela Comissão de Validação de Opção não tiveram caráter de rastrear identidades ou ancestralidades, mas assegurar a aplicação de critérios da justiça social a pessoas historicamente excluídas por critérios étnicos-raciais. Segundo o presidente da Comissão de Validação de Opção Carlos Benedito da Silva, o objetivo das entrevistas foi evitar certos oportunismos e assegurar a legitimidade das cotas dentro da Universidade. “A comissão privilegiou não só as características fenotípicas dos candidatos mas os motivos que os levaram a tal opção”, explica

Segundo o presidente da Comissão “os candidatos que se apresentaram como negros a partir das descendências de avós paternos ou maternos, ou ainda filhos de casamentos mistos, cujas características fenótipas não se enquadraram nos requisitos de “passíveis de discriminação , tiveram suas opção invalidadas na modalidade de Cotas para negros, sendo remanejadas para o Sistemas Universal”.


[Fonte: http://www.ufma.br/noticias/noticia.php?id=3209]


É interessante que para UFMA ser negro é ter orgulho do mesmo, então pergunta-se: O que é ter orgulho de ser negro? Basicamente, o que separa as raças são características fenotípicas, ou seja, físicas, logo não atrapalham nem favorecem no andamento de uma prova intelectual.

O critério de avaliação foi um tanto conservador pois a comissão vivendo em época colonial ainda se vê marcada pela discriminação de um passado de desigualdade social e exclusão que foi gerada a séculos atrás, o que explica que a comissão quer formar “negros” revoltados com um passado infelizmente trágico.

Seria tão simples mentir sobre um passado que não existi, pois a perguntas usadas pelo entrevistadores desafiaram o nível intelectual dos participantes podendo ser citadas, Porque cotas? Ou mesmo, Você já sofreu descriminação? Você tem orgulho de ser negro? Por favor, o que seria ter orgulho de ser negro? Pergunto-me novamente porque sendo negro, classe média baixa e ex-bolsista de escola particular, nunca ergui a cabeça pra dizer sou negro e tenho orgulho disso e posso afirmar que nunca presenciei nenhum branco fazendo isso.

Seria hilário se não fosse trágico o motivo exposto pela UFMA como “passível de discriminação”, em que a discriminação vem na própria pergunta, pois a comissão não é capaz de julgar quem está sujeito ou não a uma discriminação, tendo como base que a mesma hoje em dia não tem cor, classe ou raça, fato que também se repete para desigualdade social.

Daí conclui-se que muitas pessoas perdem o tempo falando que são discriminadas, que não possuem oportunidade, que são excluídas, mas mesmo assim não fazem nada para mudar isso, sendo assim, isto pode ser explicado por um complexo de “vítima” criado pelo povo brasileiro que já acostumou-se aos caprichos do governo que adotou a população como “filhinhos bastardos”, distribuindo auxílios e bolsas que alienam e acomodam a população.


Jossé Leanndro

Do sorriso ao descaso


É imprescindível que a mortalidade hoje avança continuamente. Medidas não são tomadas, instituições governamentais que se dizem solidárias perante ao assunto, são as que mais se corrompem, deixando ao leu, crianças que morrem ao nosso piscar de olhos
A mortalidade infantil está contida principalmente no chamado terceiro mundo. As causas diretas dessa situação se devem exclusivamente às condições precárias em que essas crianças vivem e ao avanço da globalização que prioriza a questões políticas ao invés de questões sociais.
O engraçado é que muito se fala em relação a essa calamidade e nada é resolvido. Criam-se ONGs e institutos que visam ajudar e a reduzir as taxas, que são alarmantes. É lógico que desses vários orgãos, existem alguns que se comprometem com o real problema, mas é indiscutível que a maioria usa e abusa do dinheiro enviado para solucionar o caos existente.
Dar uma solução para o caso é difícil com tanta corrupção e hipocrisia no mundo, cada vez mais o homem perde a concientização e desiste de tentar modificar o mundo sozinho, mas se cada um fizesse sua parte organizando passeatas, ou se reunindo com políticos para que assim organizem políticas públicas que possam solucionar o problema.


Bruno Costa e Jossé Leanndro

Política e Putaria, E agora José?!


Basicamente vê-se na ética o poder de moldar a sociedade a certos padrões que foram impostos e inventados por um governo, uma mídia, uma religião, uma tendência ou uma teoria científica, que transforma o homem em uma marionete mas tendo como base o famoso pensamento de Thomas Hobbes, isto seria apenas mais um “mal nescessário”.
É estranho ligar a TV e vê um homem de paletó dizendo assim: “Vossa Excelência é um vagabundo e blablabla...” ou uma mulher bem vestida a dançar no plenário, plenário este, sustentado pelo seu bom, velho e suado dinheiro que acaba virando um tal de auxilio paletó ou mesmo a mesadinha dos “Homens de Preto”.
Durante a campanha eleitoral você ainda é obrigado a ouvir promessas e mais promessas onde os políticos agora mais humildes aparecem abraçando criancinhas, andando de jegue ou praticando a velha arte do populismo; Aí pergunta-se: Para onde está indo o seu dinheiro? Valeu a pena o seu voto? Pocha... estes nobres defensores da ética política defendem com unhas e dentes o seu imposto trabalhando arduamente apenas míseros três dias da semana, sobre fortes condições de frio intenso de um ar-condicionado super potente que falta no seu quarto em assentos estofados e coberto de couro, ou mesmo com as horas extras pagas nas CPIs que agora viraram moda.
Visto que tudo isso tornou-se normal e a própria moral tornou-se uma “putaria” a imoralidade toma conta do país e entristece todo cidadão que se acomodou na rotina de ser só mais ou “Seu José ou Tia Maria”.


Jossé Leanndro

Leo, o calouro


Era só mais um dia comum, algo arranhava-lhe a garganta, uma vontade profunda de sair, respirar, relaxar, e envolto por louca vontade, caiu na tentação e reforçou novamente sua vocação de “amante” do pecado prometendo a si mesmo que a tentação nunca mais sairia desacompanhada.

Ele saiu, e ouviu várias vozes como se um coro entoasse de forma desordenada várias canções nunca antes vistas, do tipo que assustasse qualquer iniciante em qualquer iniciação, como se fosse um primeiro dia de aula em que o medo sobe a barriga e corrompe o pensamento mais inocente e puro de criança, medo esse aumentado pelo perigo entoado no ar e pelo calor que consumia sua pele, como se sugasse o pouco líquido do corpo que logo seria reposto, as sandálias arrastavam por sobre a poeira externando medo, como se estivessem acorrentados pela culpa que as consumia na condição de homens impuros e sujeitos ao erro e ao acaso.

Mas, logo percebeu que não se tratava de algo tão grandioso, era apenas uma rotina, que agora faria parte de sua vida e assim o que lhe parecia errado, tornou-se adequado ao ponto de que só o exagero leva a imperfeição e a imperfeição é humana, sendo assim, bebeu e bebeu de novo ao ponto que o que lhe parecia anormal, tornou-se comum, e aos olhos inexperientes e de pouca vivência, sobrou-lhe a sabedoria para concluir que o vício é para fracos que tem medo do “erro” ou de nunca voltarem dele.

Assim, envolto em uma “aura” de magnificência, posou soberano a degustar dos prazeres mundanos resumidos a uma “loira” que provoca os desejos mais sórdidos escondidos na mente e uma ruiva que deixava deslizar seus lindos caixos que insistiam em transcorrer pelo vidro transparente dominando os pensamentos mais implícitos, resumido-os a certos modismos e costumes, assim como numa reunião de amigos que celebram a vida só porque hoje é segunda-feira, o sol brilha, e a vida é curta, logo é o taco que dita quais bolas da vida serão empurradas ao “buraco” da perdição e da ingenuidade que consome a mente vazia do fraco que não concilia a responsabilidade ao lazer.


Jossé Leanndro