Lamentos: "Amor, um mal nescessário".


De repente escureceu, tudo acabou, não sabia o que fazer, só tinha a certeza de seguir em frente, precisava se focar, um objetivo já possuía, bastava agora alcança-lo, será? Parece ironia, mas o destino insiste em testar esse garoto, ele precisa aprender, assim é a vida, você cai, levanta e aprende, pelo menos seria essa a ordem correta. Parecia calmo, os dias se passavam, sua concentração aumentava dia após dia, parecia frio, ele já não sentia nada, não lembrava seu passado, pelo menos não o queria, parecia triste, mesmo assim seguia, e seguia com um ar orgulhoso, como se quisesse provar algo. Determinado, continuou a seguir, entretanto não sabia por qual motivo seguia, apenas seguia, como se escapasse de algo, assim, acabou reduzido ao vazio que o consumia, já sem esperanças, descobriu que as pessoas que o encaminharam ao mundo também o ensinaram a viver e mostraram que isso era apenas uma fase da vida, daquelas como um primeiro amor, que é difícil de esquecer, alias impossível, pois tudo são etapas, fases, que só com a maturidade de um adulto, podem ser entendidas como boas e eternas lembranças, porém era com a coragem e o otimismo de uma criança que ele seguia e seguia.

Convencido de ter vencido, deparou-se com a felicidade de todos e festejou com aqueles que fazem parte dele, e sem nem acreditar, continuou a festejar, como se algo o movesse, algo o impulsionasse, como se algo o fizesse sentir novamente o que insistia em esquecer, então, voltou a viver no passado como se o amor preenchesse todo aquele vazio que o consumia, mostrando que os dias passam, mas o amor fica lá, bem ali, no cantinho do coração, esperando o momento de explodir e entregar-se a um novo alguém, alguém esse, cativante, que mostra com gestos singelos, palavras gentis ou não, troca de olhares, carinhos e sorrisos sinceros o quanto é bom amar.

Não sei por que te amo, coisas assim não se explicam, acontecem, coisas assim não são pra ser entendidas, apenas aceitadas. Odeio sentir-me assim, apaixonado, torno-me vulnerável, fraco, sujeito ao erro, amante do amor, entrego-me sem pensar, não tento explicar, apenas amo.


“Olho pra imagem da pureza, sinto uma tremenda certeza, anseio teu olhar, assim, posso continuar a te amar”.


Jossé Leanndro

2 Comments:

Renata Ribeiro said...

Poxa, Leoo.. tô de cara!

Seu blog, além de lindo no aspecto visual (as cores, o template, a disposição dos textos), possui textos muito bem-feitos!
Tô feliz de ver que várias pessoas da nossa sala tão empenhadas não somente a serem professores, mas também a escrever!
Quem sabe a gente não monta um novo movimento literário, no estilo do que o Modernismo foi para os poetas daquela época?
Claro que a gente não tem aquele conservadorismo todo pra quebrar. Eles já fizeram isso por nós... Mas o que a gente poderia mudar seria essa realidade nossa, tanto física quanto mental, na qual nós (maranhenses, nordestinos) nos limitamos a apenas receber tudo pronto do Sul/Sudeste (basta verificar a maioria dos autores dos nossos livros) e não nos achamos no direito de produzir nada de novo.
Quem sabe a gente não muda essa mentalidade?
Quem sabe a gente não monta uma editora? Parece complicado, mas já vi tanta gente fazendo issooo...
Quem sabe?.... hihihi

beijão pra ti amigo, te amo muito!

xauu

Renata Ribeiro said...

ah, ainda não li tudo, mas gostei em especial deste texto, daquela sua reflexão sobre as cotas e do seu poema sobre o amor ^^

bjinhoo.