Da cegueira urbana a rotina da vida, ser um é ser nada.


Todos os dias eu vejo, vejo coisas velozes, vejo vultos coloridos que passam desenfreados por mim, vejo luzes, vejo o brilho e a escuridão da natureza, vejo a beleza oculta e exterior da vida, vejo coisas grandes, vejo a tecnologia, vejo a dependência, vejo o homem atrelado a esse mundo robótico, vejo seus movimentos cada vez mais restritos, como se o metal já brotasse dentro de toda carne viva e mente pensamente de todo homem.
Vejo pressa, impaciência, medo, raiva, fumaça, gritos, morte! Vejo cada vez mais o homem corrompendo-se a evolução, como se o macaco dos evolucionistas continuasse a evoluir transformando-se em algo além do “erectus”, seria o “roboticus”? Algo novo, algo alcançável, porém limitador, dominador. Vejo homens sobre rodas velozes que ditam os avanços e a correria do dia-a-dia, vejo falta de humildade, compaixão, respeito, e vejo que também sou filho de toda essa loucura tecnológica, ao menos eu vejo, não como a humanidade cega que se deixa levar por todo esse lixo robótico, que apesar de tudo, vejo que precisamos, precisamos entender que somos criatura e não criador, logo, o que poderia ser todo esse “troço tecnológico” então?
Vejo-me preso a isso, vejo que não sou mais eu, eu já não vejo nada, eu decodifico, como se minha mente tivesse se transformado num computador, um processador de idéias ao vento da brisa do mar, que vejo, vejo diariamente essa brisa a bater, a passar, vejo gente buscando seu sustento, vejo redes cheias de esperança em busca do amor, em busca do sabor, em busca de sobrevivência, vejo em toda sua grandiosidade a falta de vida, vejo cada vez mais aquilo insistindo em viver, vejo que em suas bases, suas raízes se contorcem, como se quisessem fugir do medo que a consomem, como algo que implora pela vida ao ser torturado, mas ainda assim, vejo ali vida, vejo transcorrer aquele líquido que um dia já foi água, vejo seu percurso cada vez menor, vejo coisas “cuspindo” a fumaça da tortura com toda sua grandeza, com toda sua evolução, com todo seu lixo urbano-tecnológico, com todo seu ódio e sua ambição, como se sufocasse aquele inocente e ingênuo indefeso, como se calassem sua boca. Vejo que ainda há esperança, vejo naquele gesto, contorcido, um grito de liberdade, um grito de socorro, um grito... Maldito grito! Vejo sorrisos, vejo paz, vejo esperança, vejo que tantos querem tão pouco, outros muito, vejo vozes ensinando a valorizar o muito que somos e temos, vejo saúde e humildade, vejo anjinhos a gritar diariamente, como se já soubessem em que maldito mundo eles nasceram e terão que viver.
Vejo a cegueira consumindo o homem, as vezes vejo, as vezes não, vejo olhos furados aceitarem determinadas realidades ou não, como se o homem andasse vendado aos acontecimentos do mundo, vejo que não sei ver completamente tudo, vejo todos serem assim, vejo pessoas alegres, tristes, felizes, infelizes, porém, vejo todos vivos, cegos. Vejo infantilidade consumindo o homem, vejo infantilidade me consumindo, mas vejo maturidade nascendo, vejo maturidade brotando nas raízes das minhas sinceras e vivas palavras, vejo que poucos compreendem, poucos aceitam, poucos conhecem, vejo você, vejo eu, apenas mais um sobrevivente da correria urbana, apenas mais um seu Zé ou tia Maria, apenas mais um, apenas um... Infelizmente um... nada um... Maldito um!



Jossé Leanndro

Purataria, ignorância ou necessidade?


Desculpe a indecência do termo, mas minha indignação perante o assunto é enorme, visto que sendo um problema tão antigo, faz com que sua evolução ao longo da história tome uma dimensão enorme que acaba confundindo e distorcendo o verdadeiro sentido de pirataria. A relação entre “pirataria” e “putaria” torna ainda mais explicita a minha indignação sobre este assunto, que na minha opinião, deve-se única e exclusivamente aos modos como este é tratado hoje em dia. Apesar de hoje em dia a pirataria consistir em um roubo intelectual, o que a difere da mesma pratica do passado, é que antigamente, havia um assalto propriamente dito, ou seja, havia o uso excessivo da violência, o que é totalmente diferente da "pirataria" praticada atualmente.


O termo pirata (do grego πειρατής, derivado de πειράω "tentar, assaltar", pelo latim e italiano pirata) é um marginal que, de forma autônoma ou organizado em grupos, cruza os mares só com o fito de promover saques e pilhagem a navios e a cidades para obter riquezas e poder. O estereótipo mais conhecido do pirata se refere aos piratas do Caribe e cuja época áurea ocorreu principalmente entre os séculos XVI e XVIII [Fonte: Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pirata)].


Outra variação da classe pirata, porém não menos importante, são os corsários, que eram piratas diferentes, pois tinham o apoio da coroa por meio das “cartas de marcas” (documento que permitia ao pirata pilhar e saquear os navios de outras nações), cartas estas que eram usadas com objetivo comercial a fim de enfraquecer o inimigo através da tática do domínio das rotas marítimas. O corsário mais famoso foi Francis Drake, que graças aos fabulosos tesouros arrecadados, foi intitulado cavaleiro por Isabel I.
Piratas modernos são os sobreviventes de um passado de desigualdades que insiste em existir através dos tempos, e que, infelizmente continuará existindo no mundo em que vivemos cuja lei do mais forte é que prevalece, e o “mundo moderno erudito” continua a existir... Até quando continuaremos a evoluir acorrentados pelo passado? Essa é uma pergunta que não me atrevo a responder. Frustrante ainda é saber a realidade que o brasileiro se encontra, em que, nós cidadãos, estamos sujeitos a exploração do capitalismo, que já tão popular, é visto aos nossos olhos de forma bem natural. O termo “pirataria” é muito forte para se designar o ato de apropriação indevida de material alheio, visto que, a pirataria atacada hoje em dia se refere basicamente a essa apropriação por classes menos favorecidas a fim de gerar sua fonte de renda. No conceito acima, há o uso da palavra marginal, que segundo os dicionários significa não só bandido, mas também quem está a margem da sociedade, o que reafirma o conceito acima citado sobre piratas modernos.
Sem buscar exemplos distantes, vê-se aqui no Brasil, artistas e afins altamente ricos que na maioria dos casos são merecedores desta, porém, tendo como exemplo esses, o argumento a seguir torna-se bastante forte e resume bem essa triste realidade. - “Já não basta o dinheiro arrecadado com inúmeros shows, ainda tem-se que pagar por CDs com preços absurdos, ou mesmo, não basta o exagero das bilheterias, ainda tem-se que pagar por DVDs caríssimos. Além disso, ainda existem as propagandas que também são uma ótima fonte de renda deles, fora a fama, as entrevistas, as fotos, as revistas... nem vale a pena aumentar essa lista”. Por favor, é bem verdade que o governo é um explorador desta classe, abusando com inúmeros impostos que acabam aumentando e multiplicando o preço dos produtos prejudicando os consumidores que na maioria, fãs, se vêem encurralados nesse dilema. Entretanto, esse repasse no preço é extremamente abusivo, pois não configura o público consumidor, em sua maioria, o “povão” brasileiro.
Não desmerecendo nem sendo injusto com a classe, é verdade que ao produzirem seu “ganha-pão” eles consomem grande parte de sua criatividade e tempo, pois isso é exigência de seu trabalho, logo todo o crédito é de merecimento de toda uma equipe que trabalhou em torno daquilo. Porém, novamente vale ressaltar, os lucros são altamente exorbitantes e caracterizam uma exploração não só financeira, mas também moral dos consumidores que se submetem a tal exploração. Além disso, ao se posicionarem, eles, devem lembrar que a pirataria é fonte de renda de várias pessoas que se vêem pressionadas por uma realidade cruel, que não da oportunidade nem vez aos menos preparados nem os preparam para esse “mundão de meu Deus” em que, os melhores passam por cima dos piores. Trata-se de uma selva atual que prevalece não só a preparação, mas também a esperteza de cada um, pois já dizia Thomas Hobbes: “O homem é lobo do homem“.
Aqui fica uma sugestão aos artistas, produtores, compositores, programadores e demais classes “pirateadas”, o produto base deve ter uma alternativa (A) de vendas que supra o esforço de toda a equipe que merece ser bem recompensada por seu trabalho, no caso, usando exemplo dos músicos, a turnê e a publicidade podem ser usadas como alternativa (A) e os CDs, usados como alternativa (B), no caso, uma alternativa que popularize os preços e torne de fácil acesso o produto aos consumidores. Deles, devia partir a iniciativa e o bom senso para a redução dessa chamada “pirataria”, visto que, os argumentos acima já comprovam que os valores exorbitantes são em grande parte o motivo dessa crescente prática tão criticada por eles mesmos, logo, se houvesse uma popularização dos preços, a maioria dos compradores optaria por uma versão original e registrada do produto.



Jossé Leanndro

Quem sabe? Dúvida, aflição ou alegria?


Quem sabe um dia o mundo gire, quem sabe um dia eu aprenda a amar, quem sabe um dia eu cresça, quem sabe um dia o verde em mim amadureça, quem sabe um dia brote em mim a sabedoria de seguir em frente, quem sabe...
O dia era comum, porém chovia muito, algo o inquietava, desejava conversar com alguém, liberar o que sentia, mas o destino não lhe mostrou ninguém apto a compartilhar do tal segredo. Queria explodir, pensava estar confuso, não conseguia mas distinguir o certo do errado nem saber ao menos seu nome nem o motivo de tal infeliz existência. Não lembrava nem sentia nada, seu passado parecia vazio, seu presente confuso e seu futuro incerto como o de todos, assim, gritou como se o desespero o fizesse livrar-se de tal aflição, mas nesse infeliz gesto, nada conseguiu.
Ele não queria conviver com aquilo então decidiu buscar na simplicidade e na pureza, uma companheira de aventuras, decidiu revelar seu segredo, criando assim ,uma amizade eterna com alguém especial até aos olhos mais sujos e impuros. Ela emanava fidelidade dando a certeza de que seu o segredo estaria bem guardado e seu coração aliviado, então contou.
Algo não parecia fazer sentido, aquilo tudo por tão pouco ou seria muito? Não faz a mínima diferença, ele não estava aliviado, não sabia o que estava sentindo e continuava sem saber. Hoje ao deparar-se com seu passado refletiu de forma serena sobre tudo o que já fizera na vida, refletira sobre suas decepções e conquistas como um idoso ao lembrar suas memórias, dessa forma, continuou a pensar, balançado pelo vento da noite e inspirado pela brisa da madrugada, concluiu que a vida é para ser vivida, e que DEUS nos ensina a caminhar não só nas conquistas mas nas decepções, porém só com sabedoria, encaramos que as decepções são frutos de nossa ingênua e fraca fé, e que as conquistas, são frutos de nossos dons e características dadas por DEUS.
Então, ainda indeciso, decidiu esperar e ouvir os ensinamentos da vida, bem no silêncio da noite, onde o galo não canta, mas a lua dá brilho e graça. Viu o sol a nascer e iluminar-lhe a fronte, então contemplou a maravilha da vida e a comunhão entre os homens, descobriu na humildade dos atos a mais sincera amizade e agora envolto por algo que o fazia sentir-se bem decidiu compartilhar daquela alegria com todos. Agiu normalmente e continuou a viver, porém não sabia como explicitar toda aquela alegria e felicidade que o tinha contaminado, então, escreveu... quem sabe um dia você entenda.

“ Sentia-se tão bem, parecia flutuar e explodindo em alegria percebeu, seu sangue agora possuía a humildade e a união, possuía duas cores...”


Jossé Leanndro

Lua cheia de desejos


Lua cheia sobre a rua
Andava nua sobre a escada
Provocava bela a balançar
Sussurrando palavras ao ar


Noite dos apaixonados
Que vêem nela uma criança
Na madrugada a esperança
De amores embriagados


Adoradores do pecado
Amantes do desejo
Seus lábios semi cerrados
Molham-se com meus beijos


Somente a lua, parte do enredo
Tudo observa em silêncio contido
Guarda o libertino segredo
Dos amantes escondidos


Guarda os suspiros proibidos
E as juras de amor
Empresta todo o seu brilho
Ó astro inspirador


Jossé Leanndro e Renata Ribeiro, vulgo “Leozin e Rê Ribeiro”.

Memórias do nosso amor


Já não sei por que
O amor ficou pra trás
Paixão ainda fulgaz
Insiste em te querer


Paixão arde no peito
E, aquilo que foi feito
Insisti em martelar
Ouço tua voz a sussurrar


Não consigo dormir
Atormenta o pensamento
Vivo no sofrimento
Abala o que esta por vir


Num singelo lamento
Choro lagrimas ao vento
Estou morrendo de dor
Agora lembro, O nosso amor


Jossé Leanndro

Algo: “Dons de Deus”


Algo... Algo tão raro;
Algo as vezes sem valor;
Algo tão especial;
Algo as vezes individual;
Algo tão difícil;
Algo as vezes simples;
Algo assim como você;
Algo assim como nós;
Algo do tipo restrito;
Algo do tipo que nasceu em nós;
Algo do tipo sem explicação;
algo assim... algo!
Algo tão algo!
Algo que precisa de amuderecimento;
algo assim, tão infinito!
algo assim, tão perfeito ou não;
algo assim, divertido ou não, mas é algo!
Algo assim... algo!
Algo tão algo!
Algo meu, seu, algo nosso;
Algo que só a gente tem;
Algo que só a gente conversa;
Algo que só a gente entende;
Algo que só irmãos compreendem;
Algo que bate no meu peito;
Algo que me fez teu sangue;
Algo que me jogou no teu ambiente;
Algo que meu fez teu irmão, pai, amigo, amante;
Algo forte, tão forte que me liga a/em você;
Algo forte, que me acolheu;
Algo bom que sinto perto não só de você;
Algo que sinto dos que fazem parte de você;
Algo que espero que continue assim;
Algo que só agora entendo;
Algo que só a saudade fortalece;
Algo que só a presença fortalece;
Algo especial que sinto por você;
Algo especial que sinto por vocês;
Algo assim, maluco;
Algo assim, divertido;
Algo assim, amor;
Algo assim, união;
Algo assim tão algo!
Algo assim que só nós temos;
Algo que ELE nos deu;
Algo...


Jossé Leanndro

Lamentos: "Amor, um mal nescessário".


De repente escureceu, tudo acabou, não sabia o que fazer, só tinha a certeza de seguir em frente, precisava se focar, um objetivo já possuía, bastava agora alcança-lo, será? Parece ironia, mas o destino insiste em testar esse garoto, ele precisa aprender, assim é a vida, você cai, levanta e aprende, pelo menos seria essa a ordem correta. Parecia calmo, os dias se passavam, sua concentração aumentava dia após dia, parecia frio, ele já não sentia nada, não lembrava seu passado, pelo menos não o queria, parecia triste, mesmo assim seguia, e seguia com um ar orgulhoso, como se quisesse provar algo. Determinado, continuou a seguir, entretanto não sabia por qual motivo seguia, apenas seguia, como se escapasse de algo, assim, acabou reduzido ao vazio que o consumia, já sem esperanças, descobriu que as pessoas que o encaminharam ao mundo também o ensinaram a viver e mostraram que isso era apenas uma fase da vida, daquelas como um primeiro amor, que é difícil de esquecer, alias impossível, pois tudo são etapas, fases, que só com a maturidade de um adulto, podem ser entendidas como boas e eternas lembranças, porém era com a coragem e o otimismo de uma criança que ele seguia e seguia.

Convencido de ter vencido, deparou-se com a felicidade de todos e festejou com aqueles que fazem parte dele, e sem nem acreditar, continuou a festejar, como se algo o movesse, algo o impulsionasse, como se algo o fizesse sentir novamente o que insistia em esquecer, então, voltou a viver no passado como se o amor preenchesse todo aquele vazio que o consumia, mostrando que os dias passam, mas o amor fica lá, bem ali, no cantinho do coração, esperando o momento de explodir e entregar-se a um novo alguém, alguém esse, cativante, que mostra com gestos singelos, palavras gentis ou não, troca de olhares, carinhos e sorrisos sinceros o quanto é bom amar.

Não sei por que te amo, coisas assim não se explicam, acontecem, coisas assim não são pra ser entendidas, apenas aceitadas. Odeio sentir-me assim, apaixonado, torno-me vulnerável, fraco, sujeito ao erro, amante do amor, entrego-me sem pensar, não tento explicar, apenas amo.


“Olho pra imagem da pureza, sinto uma tremenda certeza, anseio teu olhar, assim, posso continuar a te amar”.


Jossé Leanndro

Bom Dia, Amor


Hoje quero voar, alcançar o infinito, viver realidade em meus sonhos.
Repousar no carinho dos teus braços, ansear teu abraço, curar o cansaço. Pedir carinho e compreensão, desejar teu coração.
Tê-la só pra mim, com egoísmo de uma paixão.
Esquecer do mundo, alcançar o ápice.
Suplicar aos céus ao menos sonhar esse sentimento.
Abrir os braços ao vento, sentir a brisa a bater.
Aprender a sofrer, gritar quando ninguém quer ouvir.
Lembrar dos lábios que beijei, relembrar o quanto eu supliquei.
Refletir dos erros, tanto cometidos.
Memorizar as paixões, tanto já vividas.
Dopar-me na embriaguês infinita do teu rosto, quando te via.
Acordar no afago de tua voz a dizer: Bom Dia...



Jossé Leanndro

ABC da Dengue.


O palco está montado, os personagens estão soltos e o processo está podre. Vítimas estão cada vez mais morrendo e assim continuarão, pois num mundo como esse, utópico, a sociedade apenas reforça seu complexo de acomodação criticando inúmeras vezes o governo que não está totalmente correto, porém, sendo balanceados estes dois, não se vê muita diferença, portanto, novas vítimas terão de ser feitas e novas epidemias alastradas para assim, quem sabe, alguém tomar uma providência.

Fácil mesmo é criticar, difícil é querer ajeitar. A visão imparcial da população assusta, visto que, tudo acontece e nada é feito, vê-se mães desesperadas nas unidades públicas de saúde com seus filhos morrendo e você em casa, assistindo o noticiário, tomando uma cerveja e em seqüência colocando-a empilhada a um monte de outras formando um imenso “criadouro” de larvas e ainda diz assim: “Maldito governo, porque não dão um jeito nisso!” E com um ar de dono da verdade critica sem perceber o ciclo vicioso que está sendo criado, formam-se filhos críticos e cria-se uma geração de babacas repetidores de palavras soltas ao ar.

Dengue é como “ABC” de criança e adolescente, que passa vida inteira aprendendo como assim: “Não fale com estranhos, não atravesse a rua sozinha, não use drogas, não faço sexo sem camisinha e blábláblá”. No caso, a dengue é assim: “Não deixe água limpa empossada em nenhum tipo de recipiente que possa se formar volume e assim torne-se um criadouro de larvas para que assim não haja proliferação do mosquito”.

Algo deve ser feito! Lógico, isso é inegável, porém o processo está podre, o ciclo está sem harmonia, a sociedade não está preparada para aprender a agir em conjunto com o governo. Há a conscientização do governo para com a sociedade, porém não há a conscientização da sociedade para com o processo.

É bem verdade que o governo não é dos melhores e que os meios e métodos utilizados pelo mesmo não são atualizados, alguns funcionários são preparados, porém, a estrutura não permite um melhor funcionamento por parte do governo, que se resume ao combate em campo, a conscientização e a coleta de dados técnicos. Pois bem! Visto que o cenário foi descrito, só resta explicar o meio do processo que justamente é o que não funciona, ou seja, a ligação entre sociedade e governo.

É o mesmo que esfregar gelo, não adianta o governo armar toda uma base pra que a sociedade não dê o complemento, não adianta o cidadão tomar todas as precauções cabíveis e o vizinho nada fazer, o mosquito continua se alastrando de acordo com a irresponsabilidade minha e sua, portanto, vê-se claro que: o problema é mais “psicológico” que científico e a medida a ser tomada é simples: apenas uma conscientização interna de cada cidadão.

Da origem a concepção: Deus e vida, pais e amores.


Gritos, gemidos, choros, nada definia aquele som nem assustava quem o dominava que com um singelo gesto bateu-lhe o bumbum e disse: - Nasceu! Porém não parecia alegre e aquele ambiente que ardia em esperança pareceu despencar às costas daquele médico que não sabia como dizer aquilo ao pai. Mas como assim? Dizer o que? Algo preocupava aquele senhor, mesmo assim, alguma coisa devia ser dita e com expressão frágil e um ar melancólico explicou a situação resumindo-a em: - Seu filho tem um grave problema. Em termos não técnicos, explicou que o bebê tinha os pés “meio que pra trás”, assim como o curupira de nossa literatura popular. Entretanto, pensando estar aliviado por ter revelado a verdade ao pai, teve uma surpresa e percebeu que o mesmo havia desabado.

Com esperança e os esforços dos pais e Amigos, o primeiro obstáculo foi vencido, não que o garoto houvesse feito algo pra ter vencido essa batalha, mas algo já dizia que seu sangue era forte e cheio de vida, já andava normalmente, corria, jogava bola, era uma garoto normal, porém obstinado a desafiar a vida que lhe insistia em provocar e ensinar. Deparou-se com situações cotidianas da vida, brincou com os primos, visitou avós e tios, respeitava família, sempre bom aluno, porém, ingênuo e desavisado, nada sabia da vida, apenas a desafiava.

Sofreu, apanhou, sofreu, apanhou e nada sabia sobre aquilo, só queria odiá-lo, sem nem mesmo perceber o que havia feito para isso, então, sofreu, apanhou, sofreu, apanhou novamente e imbuído de nova concepção percebeu que aquilo não era tão mais sufocante, aprendeu que A Vida não o castigava sem motivo, porém ainda não compreendia, e assim, apanhou novamente achando que seu inimigo estava ali, próximo de si, então, discutiu, brigou, bateu, apanhou e sem nexo algum saiu pelo mundo, a estender os braços e achar que estava livre para voar como se conseguisse deslizar por sobre o chão. Era a única forma que o distraia. Entretanto novamente afirmou que seu inimigo estava ali, tão próximo de si. Ele tinha certeza, mas antes disso amou, amou e amou, e apanhou, ao ponto de que novamente deparou-se com seu algoz, não que sua amada o fosse, mas que a ingenuidade com que ele tratava os outros e ela o tornava forte e a maturidade com que enfrentava seu “inimigo” o tornava fraco, porém tudo lhe parecia totalmente o contrário, tanto que aquilo subia-lhe a cabeça a ponto de cega-lo. Ele não estava cego, estava “cego”, não queria acreditar que quem o apoiou a vida toda continuava lá apesar de tudo, como se aquela cruz insistisse em pesar sobre suas costas, e assim cresceu, e entendeu que ele apenas não entendia o que A Vida lhe ensinara e ainda não entende por completo, mas pelo menos sabe que seu inimigo não era sua (O)origem nem mesmo quem (A)a proporcionou mas ele próprio que com a ingenuidade de uma criança ainda não aprendeu a caminhar, a andar, a ver, a viver, a amar.

Jossé Leanndro

O que é SEXO afinal ?


Segundo o MÉDICO: é uma doença... porque sempre termina na cama.
Segundo o ADVOGADO: é uma injustiça... porque sempre há quem fica por baixo.
Segundo o ENGENHEIRO: é uma máquina perfeita... porque é a única em que se trabalha deitado.
Segundo o ARQUITETO: é um erro de projeto... porque a área de lazer fica muito próxima á área de saneamento.
Segundo o POLÍTICO: é um ato de democracia perfeito... porque todos gozam independentemente da posição.
Segundo o ECONOMISTA: é um desajuste... porque entra mais do que sai. Às vezes nem sabe o que é ativo ou passivo.
Segundo o CONTADOR: é um exercício perfeito: põe-se o bruto, faz-se o balanço, tira-se o bruto e fica o líquido. Podendo, na maioria dos casos, ainda gerar dividendos.
Segundo o MATEMÁTICO: é uma perfeita equação... porque a mulher coloca entre parênteses, eleva o membro à sua máxima potência, e lhe extrai o produto, redureduzindo-o à sua mínima expressão.
Segundo o PSICÓLOGO: explicar é FODA!

Autor Desconhecido

Cotas do Orgulho Negro


Os critérios adotados pela Comissão de Validação de Opção não tiveram caráter de rastrear identidades ou ancestralidades, mas assegurar a aplicação de critérios da justiça social a pessoas historicamente excluídas por critérios étnicos-raciais. Segundo o presidente da Comissão de Validação de Opção Carlos Benedito da Silva, o objetivo das entrevistas foi evitar certos oportunismos e assegurar a legitimidade das cotas dentro da Universidade. “A comissão privilegiou não só as características fenotípicas dos candidatos mas os motivos que os levaram a tal opção”, explica

Segundo o presidente da Comissão “os candidatos que se apresentaram como negros a partir das descendências de avós paternos ou maternos, ou ainda filhos de casamentos mistos, cujas características fenótipas não se enquadraram nos requisitos de “passíveis de discriminação , tiveram suas opção invalidadas na modalidade de Cotas para negros, sendo remanejadas para o Sistemas Universal”.


[Fonte: http://www.ufma.br/noticias/noticia.php?id=3209]


É interessante que para UFMA ser negro é ter orgulho do mesmo, então pergunta-se: O que é ter orgulho de ser negro? Basicamente, o que separa as raças são características fenotípicas, ou seja, físicas, logo não atrapalham nem favorecem no andamento de uma prova intelectual.

O critério de avaliação foi um tanto conservador pois a comissão vivendo em época colonial ainda se vê marcada pela discriminação de um passado de desigualdade social e exclusão que foi gerada a séculos atrás, o que explica que a comissão quer formar “negros” revoltados com um passado infelizmente trágico.

Seria tão simples mentir sobre um passado que não existi, pois a perguntas usadas pelo entrevistadores desafiaram o nível intelectual dos participantes podendo ser citadas, Porque cotas? Ou mesmo, Você já sofreu descriminação? Você tem orgulho de ser negro? Por favor, o que seria ter orgulho de ser negro? Pergunto-me novamente porque sendo negro, classe média baixa e ex-bolsista de escola particular, nunca ergui a cabeça pra dizer sou negro e tenho orgulho disso e posso afirmar que nunca presenciei nenhum branco fazendo isso.

Seria hilário se não fosse trágico o motivo exposto pela UFMA como “passível de discriminação”, em que a discriminação vem na própria pergunta, pois a comissão não é capaz de julgar quem está sujeito ou não a uma discriminação, tendo como base que a mesma hoje em dia não tem cor, classe ou raça, fato que também se repete para desigualdade social.

Daí conclui-se que muitas pessoas perdem o tempo falando que são discriminadas, que não possuem oportunidade, que são excluídas, mas mesmo assim não fazem nada para mudar isso, sendo assim, isto pode ser explicado por um complexo de “vítima” criado pelo povo brasileiro que já acostumou-se aos caprichos do governo que adotou a população como “filhinhos bastardos”, distribuindo auxílios e bolsas que alienam e acomodam a população.


Jossé Leanndro

Do sorriso ao descaso


É imprescindível que a mortalidade hoje avança continuamente. Medidas não são tomadas, instituições governamentais que se dizem solidárias perante ao assunto, são as que mais se corrompem, deixando ao leu, crianças que morrem ao nosso piscar de olhos
A mortalidade infantil está contida principalmente no chamado terceiro mundo. As causas diretas dessa situação se devem exclusivamente às condições precárias em que essas crianças vivem e ao avanço da globalização que prioriza a questões políticas ao invés de questões sociais.
O engraçado é que muito se fala em relação a essa calamidade e nada é resolvido. Criam-se ONGs e institutos que visam ajudar e a reduzir as taxas, que são alarmantes. É lógico que desses vários orgãos, existem alguns que se comprometem com o real problema, mas é indiscutível que a maioria usa e abusa do dinheiro enviado para solucionar o caos existente.
Dar uma solução para o caso é difícil com tanta corrupção e hipocrisia no mundo, cada vez mais o homem perde a concientização e desiste de tentar modificar o mundo sozinho, mas se cada um fizesse sua parte organizando passeatas, ou se reunindo com políticos para que assim organizem políticas públicas que possam solucionar o problema.


Bruno Costa e Jossé Leanndro

Política e Putaria, E agora José?!


Basicamente vê-se na ética o poder de moldar a sociedade a certos padrões que foram impostos e inventados por um governo, uma mídia, uma religião, uma tendência ou uma teoria científica, que transforma o homem em uma marionete mas tendo como base o famoso pensamento de Thomas Hobbes, isto seria apenas mais um “mal nescessário”.
É estranho ligar a TV e vê um homem de paletó dizendo assim: “Vossa Excelência é um vagabundo e blablabla...” ou uma mulher bem vestida a dançar no plenário, plenário este, sustentado pelo seu bom, velho e suado dinheiro que acaba virando um tal de auxilio paletó ou mesmo a mesadinha dos “Homens de Preto”.
Durante a campanha eleitoral você ainda é obrigado a ouvir promessas e mais promessas onde os políticos agora mais humildes aparecem abraçando criancinhas, andando de jegue ou praticando a velha arte do populismo; Aí pergunta-se: Para onde está indo o seu dinheiro? Valeu a pena o seu voto? Pocha... estes nobres defensores da ética política defendem com unhas e dentes o seu imposto trabalhando arduamente apenas míseros três dias da semana, sobre fortes condições de frio intenso de um ar-condicionado super potente que falta no seu quarto em assentos estofados e coberto de couro, ou mesmo com as horas extras pagas nas CPIs que agora viraram moda.
Visto que tudo isso tornou-se normal e a própria moral tornou-se uma “putaria” a imoralidade toma conta do país e entristece todo cidadão que se acomodou na rotina de ser só mais ou “Seu José ou Tia Maria”.


Jossé Leanndro

Leo, o calouro


Era só mais um dia comum, algo arranhava-lhe a garganta, uma vontade profunda de sair, respirar, relaxar, e envolto por louca vontade, caiu na tentação e reforçou novamente sua vocação de “amante” do pecado prometendo a si mesmo que a tentação nunca mais sairia desacompanhada.

Ele saiu, e ouviu várias vozes como se um coro entoasse de forma desordenada várias canções nunca antes vistas, do tipo que assustasse qualquer iniciante em qualquer iniciação, como se fosse um primeiro dia de aula em que o medo sobe a barriga e corrompe o pensamento mais inocente e puro de criança, medo esse aumentado pelo perigo entoado no ar e pelo calor que consumia sua pele, como se sugasse o pouco líquido do corpo que logo seria reposto, as sandálias arrastavam por sobre a poeira externando medo, como se estivessem acorrentados pela culpa que as consumia na condição de homens impuros e sujeitos ao erro e ao acaso.

Mas, logo percebeu que não se tratava de algo tão grandioso, era apenas uma rotina, que agora faria parte de sua vida e assim o que lhe parecia errado, tornou-se adequado ao ponto de que só o exagero leva a imperfeição e a imperfeição é humana, sendo assim, bebeu e bebeu de novo ao ponto que o que lhe parecia anormal, tornou-se comum, e aos olhos inexperientes e de pouca vivência, sobrou-lhe a sabedoria para concluir que o vício é para fracos que tem medo do “erro” ou de nunca voltarem dele.

Assim, envolto em uma “aura” de magnificência, posou soberano a degustar dos prazeres mundanos resumidos a uma “loira” que provoca os desejos mais sórdidos escondidos na mente e uma ruiva que deixava deslizar seus lindos caixos que insistiam em transcorrer pelo vidro transparente dominando os pensamentos mais implícitos, resumido-os a certos modismos e costumes, assim como numa reunião de amigos que celebram a vida só porque hoje é segunda-feira, o sol brilha, e a vida é curta, logo é o taco que dita quais bolas da vida serão empurradas ao “buraco” da perdição e da ingenuidade que consome a mente vazia do fraco que não concilia a responsabilidade ao lazer.


Jossé Leanndro