Leo, o calouro


Era só mais um dia comum, algo arranhava-lhe a garganta, uma vontade profunda de sair, respirar, relaxar, e envolto por louca vontade, caiu na tentação e reforçou novamente sua vocação de “amante” do pecado prometendo a si mesmo que a tentação nunca mais sairia desacompanhada.

Ele saiu, e ouviu várias vozes como se um coro entoasse de forma desordenada várias canções nunca antes vistas, do tipo que assustasse qualquer iniciante em qualquer iniciação, como se fosse um primeiro dia de aula em que o medo sobe a barriga e corrompe o pensamento mais inocente e puro de criança, medo esse aumentado pelo perigo entoado no ar e pelo calor que consumia sua pele, como se sugasse o pouco líquido do corpo que logo seria reposto, as sandálias arrastavam por sobre a poeira externando medo, como se estivessem acorrentados pela culpa que as consumia na condição de homens impuros e sujeitos ao erro e ao acaso.

Mas, logo percebeu que não se tratava de algo tão grandioso, era apenas uma rotina, que agora faria parte de sua vida e assim o que lhe parecia errado, tornou-se adequado ao ponto de que só o exagero leva a imperfeição e a imperfeição é humana, sendo assim, bebeu e bebeu de novo ao ponto que o que lhe parecia anormal, tornou-se comum, e aos olhos inexperientes e de pouca vivência, sobrou-lhe a sabedoria para concluir que o vício é para fracos que tem medo do “erro” ou de nunca voltarem dele.

Assim, envolto em uma “aura” de magnificência, posou soberano a degustar dos prazeres mundanos resumidos a uma “loira” que provoca os desejos mais sórdidos escondidos na mente e uma ruiva que deixava deslizar seus lindos caixos que insistiam em transcorrer pelo vidro transparente dominando os pensamentos mais implícitos, resumido-os a certos modismos e costumes, assim como numa reunião de amigos que celebram a vida só porque hoje é segunda-feira, o sol brilha, e a vida é curta, logo é o taco que dita quais bolas da vida serão empurradas ao “buraco” da perdição e da ingenuidade que consome a mente vazia do fraco que não concilia a responsabilidade ao lazer.


Jossé Leanndro

1 Comment:

Checheu said...

Leandro, primeiro quero parabenizar você pela iniciativa e depois dizer que são muito bons os textos. Deveria pesar um pouco se não seria uma boa carreira a seguir o jornalismo ou mesmo a carreira de escritor pois você em uma colocação mais popular "é fera no negócio" viu.
Mais uma vez parabéns, você escreve nuito bem e tem uma opnião muito bem definida das coisa.
Não porque sou seu irmão do meio, mas você tem um ótimo futuro pela frente. Sou seu fã!!!
Grande abraço do seu irmão!!!

Michael Silva